segunda-feira, 30 de junho de 2008

tava na aula

* escrito em 13.05.2008, na faculdade, durante a aula de "psicologia e subjetividade no direito"...

Humm...... Aula sobre Freud.

Pulsão de vida, pulsão de morte e como o sistema penal, teoricamente, se utiliza da psiquê para poder se fortalecer. Teoria da manipulação do sistema para que ele próprio seja engrandecido e respeitado.

Seguinte: parte-se do princípio de que todo ser humano tem, dentro de si, um “assassino”. É como se todos comportassem pulsões destrutivas; e o criminoso, aqui, é o que transpõe a repressão comum aos indivíduos daquele determinado impulso. É o que “vai além”, o que dá vazão. Desta forma, o sistema penal coloca este transgressor como um exemplo, fazendo com que este seja odiado pelo delito. Este ódio é gerado, mas, na verdade, não é ao delito propriamente dito. É como se o ódio fosse à transgressão da regra seguida pelos demais. É o ódio à abertura que aquele se permitiu. É como um espelho ao inverso, ódio da frustração de tanta auto-repressão ter sido transgredida ali, na sua frente, por um igual. Transgressão de algo que cada um cuida dentro de si pra manter em ordem. Uma auto-regra quebrada pelo outro.
_ Nossa!!! Ódio ao outro!!! Como assim?!?
E, curioso!... É neste ódio que o sistema se fortalece!.. É na permanência no oculto desse jogo psicológico que só faz com que a ponta do iceberg seja feita. A ponta “erro horrível do outro”. A ponta “como ele foi feio”. A ponta “joga pedra na Geni”, mas só que sem pensarmos que todos tivemos nossos desejos de prostitutos um dia.
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