Rá! Síndrome do pensamento cansativo!...
Há um tempão atrás, quando eu tentava descrever a chuva incontrolável de pensamentos que vinham na minha mente (um dilúvio, praticamente!), usei esta expressão! E sabe aquelas expressões que a gente gosta e faz questão de usar quando pode pra se auto envaidecer e se encontrar com o que vc concebe como sendo um pouquinho da sua genialidade? Então! "Síndrome do pensamento cansativo" é uma delas!
Tá certo que ninguém aqui precisa concordar comigo quando falo de "genialidade", até pq, olhando assim, agora, de fora, nem me parece mais tão impactante; mas, no momento em que usado pela primeira vez, foi quase um orgasmo intelectual conseguir definir aquele estado de pensamentos ecoantes que vinham e iam numa velocidade tão grande que sequer me davam tempo de, de fato, pensar; e me cansavam só de observar (internamente), ainda que absorte, a sua 'frenetiquice' desvairada.
É a "síndrome do pensamento cansativo". Essa que me faz passar o dia inteiro parada, olhando e não vendo, sem fazer nada. Pensar em tudo e não conseguir apreender nada. Repetir mentalmente de forma absolutamente desordenada quinhentas vezes a mesma coisa, rápido, sem dar conta do quê estar sendo dito, do porquê, de quantas vezes e de qual a finalidade de cada uma. Soltar a cordinha da coleira do pensamento e deixar esse cachorro louco solto, correndo e latindo, sem ter o mínimo controle de pra onde vai.
Acho que era mais ou menos isso que Eddy Vader quis dizer em "THOUGHTS ARRIVE LIKE BUTTERFLIES", rs. Imagino muito aqueles caules de árvores gigantes que a gente vê no "discovery channel", com zilhões de borboletas, lindas, pousadas. De repente, um barulho, uma ameaça, um movimento, sei lá!... E todas saem juntas, voando. Um balé de cores no ar, uma poesia visual de segundos até que cada uma tome seu rumo e passe a ser um pontinho único de magia na paisagem. Mas é ali, naquele momento em que todas voam juntas, desordenadamente... é justamente ali, naquele excesso bêbado de informações, que eu imagino a metáfora. Não se sabe pra onde olhar. Não se consegue ver cada uma com as suas particularidades. Simplesmente há um êxtase visual que basta por si, sem que a gente sequer consiga forçar o direcionamento da atenção pra uma específica. E, ainda que quiséssemos, não conseguiríamos. Outra e outra e depois outra viriam na frente, roubando aquele segundo de dedicação que buscamos ter sem consideração pelo esforço empenhado.
E é assim com pensamentos. Ecoantes. Impossíveis de enumerar. Uma velocidade incrível que nem James Joyce tentando começar a frase pelo meio pra tentar traduzir pensamentos, conseguiria. Antes mesmo de ser pensado, o pensamento já é substituído, num ciclo vicioso de repetições alucinadas e alucinantes.
Meu corpo pára, estático, pra tentar compensar e balancear a agitação interna. Um ponto fixo é escolhido, pra não haver conflito de informações visuais e mentais. É como se, naquele momento, o mundo de mim se sobrepusesse ao mundo físico de uma maneira tão imponente que eu fico sem argumentos pra não embarcar.
Rá!... E é a "síndrome do pensamento cansativo". E ele cansa. Mesmo! E desgasta. Mesmo! E, que droga, nem posso dizer que queima calorias mesmo - logo o que eu mais queria dizer, rs. Mas tudo bem!.. Até que ia ser esquisito academias e pessoas sentadas olhando prum ponto fixo e pensando desordenadamente, rs, ainda que, sem dúvida, fosse uma forma de emagrecimento mais interessante do que os métodos que costumam ser aplicados, rs.
Mas, enfim, voltando... Cansa! Dá náusea! Suga e não produz! É uma explosão de energia demandada e não canalizada que faz irritar. Desperdício de força e tempo.
E, engraçado. Levei tanto tempo pra conseguir denominar a "síndrome do pensamento cansativo"... Achava que quando conseguisse, iria ter completado o ciclo que ela representava. Que aquele estado carecia era da definição e que se findaria ali. Mas agora percebo que não. E, ao mesmo tempo, me irrita a catarse conceitual que ela tenta reproduzir. Tenho soltado a coleira e ficado corrido atrás do cachorro pela vizinhança. E eu já não sei se o que cansa mais na história é o cachorro correndo enquanto exercício físico em si ou se é a idéia subjetiva de falta de controle do paradeiro. Sei lá... só sei que cansa!!!... E tanto!....
Há um tempão atrás, quando eu tentava descrever a chuva incontrolável de pensamentos que vinham na minha mente (um dilúvio, praticamente!), usei esta expressão! E sabe aquelas expressões que a gente gosta e faz questão de usar quando pode pra se auto envaidecer e se encontrar com o que vc concebe como sendo um pouquinho da sua genialidade? Então! "Síndrome do pensamento cansativo" é uma delas!
Tá certo que ninguém aqui precisa concordar comigo quando falo de "genialidade", até pq, olhando assim, agora, de fora, nem me parece mais tão impactante; mas, no momento em que usado pela primeira vez, foi quase um orgasmo intelectual conseguir definir aquele estado de pensamentos ecoantes que vinham e iam numa velocidade tão grande que sequer me davam tempo de, de fato, pensar; e me cansavam só de observar (internamente), ainda que absorte, a sua 'frenetiquice' desvairada.
É a "síndrome do pensamento cansativo". Essa que me faz passar o dia inteiro parada, olhando e não vendo, sem fazer nada. Pensar em tudo e não conseguir apreender nada. Repetir mentalmente de forma absolutamente desordenada quinhentas vezes a mesma coisa, rápido, sem dar conta do quê estar sendo dito, do porquê, de quantas vezes e de qual a finalidade de cada uma. Soltar a cordinha da coleira do pensamento e deixar esse cachorro louco solto, correndo e latindo, sem ter o mínimo controle de pra onde vai.
Acho que era mais ou menos isso que Eddy Vader quis dizer em "THOUGHTS ARRIVE LIKE BUTTERFLIES", rs. Imagino muito aqueles caules de árvores gigantes que a gente vê no "discovery channel", com zilhões de borboletas, lindas, pousadas. De repente, um barulho, uma ameaça, um movimento, sei lá!... E todas saem juntas, voando. Um balé de cores no ar, uma poesia visual de segundos até que cada uma tome seu rumo e passe a ser um pontinho único de magia na paisagem. Mas é ali, naquele momento em que todas voam juntas, desordenadamente... é justamente ali, naquele excesso bêbado de informações, que eu imagino a metáfora. Não se sabe pra onde olhar. Não se consegue ver cada uma com as suas particularidades. Simplesmente há um êxtase visual que basta por si, sem que a gente sequer consiga forçar o direcionamento da atenção pra uma específica. E, ainda que quiséssemos, não conseguiríamos. Outra e outra e depois outra viriam na frente, roubando aquele segundo de dedicação que buscamos ter sem consideração pelo esforço empenhado.
E é assim com pensamentos. Ecoantes. Impossíveis de enumerar. Uma velocidade incrível que nem James Joyce tentando começar a frase pelo meio pra tentar traduzir pensamentos, conseguiria. Antes mesmo de ser pensado, o pensamento já é substituído, num ciclo vicioso de repetições alucinadas e alucinantes.
Meu corpo pára, estático, pra tentar compensar e balancear a agitação interna. Um ponto fixo é escolhido, pra não haver conflito de informações visuais e mentais. É como se, naquele momento, o mundo de mim se sobrepusesse ao mundo físico de uma maneira tão imponente que eu fico sem argumentos pra não embarcar.
Rá!... E é a "síndrome do pensamento cansativo". E ele cansa. Mesmo! E desgasta. Mesmo! E, que droga, nem posso dizer que queima calorias mesmo - logo o que eu mais queria dizer, rs. Mas tudo bem!.. Até que ia ser esquisito academias e pessoas sentadas olhando prum ponto fixo e pensando desordenadamente, rs, ainda que, sem dúvida, fosse uma forma de emagrecimento mais interessante do que os métodos que costumam ser aplicados, rs.
Mas, enfim, voltando... Cansa! Dá náusea! Suga e não produz! É uma explosão de energia demandada e não canalizada que faz irritar. Desperdício de força e tempo.
E, engraçado. Levei tanto tempo pra conseguir denominar a "síndrome do pensamento cansativo"... Achava que quando conseguisse, iria ter completado o ciclo que ela representava. Que aquele estado carecia era da definição e que se findaria ali. Mas agora percebo que não. E, ao mesmo tempo, me irrita a catarse conceitual que ela tenta reproduzir. Tenho soltado a coleira e ficado corrido atrás do cachorro pela vizinhança. E eu já não sei se o que cansa mais na história é o cachorro correndo enquanto exercício físico em si ou se é a idéia subjetiva de falta de controle do paradeiro. Sei lá... só sei que cansa!!!... E tanto!....
Um comentário:
Prezada Maníaca das Entrelinhas,
Dentre tantas coisas que admiro em você uma delas se destaca: o prazer de produzir cultura. Acredito que essa tal sindrome do pensamento cansativo deva ser o estado motriz que impulsiona os artistas. E acredite, expressar sentimentos e idéias de forma tão sublime, é uma arte belissima.
Bjus, Ingrid
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