domingo, 24 de agosto de 2008

universo frenético do dentro-entorno de mim

Queria a descrição perfeita que me fizesse enxergar e que me ajudasse a perceber tudo que tá dentro de mim.

Tudo aquilo que gira aqui dentro, mas que parece ser a minha volta, sem que eu me misture nem faça parte. Apenas um filme, rápido, em torno da minha mente.

Me deixa tonta e não me deixa perceber cada uma das cenas. Elas apenas passam, enquanto eu tento conseguir captar.

Não dá pra explicar. E é tão rápido que acho que, ainda que eu conseguisse, não me satisfaria, pois deixaria alguma coisa passar; assim como eu deixo a maioria dos milhões de pensamentos que se aglomeram em torno de mim pra serem pensados, nessas épocas de excesso de informações, de lado sem pensar. Assim como eu deixo, sempre, nessas tais épocas de excessos, milhões de imagens de lado, sem captar.

Elas apenas passam, tendo com função prima me confundir e cansar. Não são pensadas, avaliadas, nem descartadas. Ficam ali, ocupando HD. Sendo repetidas em meio a tantas outras. Fazendo um volume mental tão cansativo e enervante, que me dá vontade de deitar. E ficar. E chorar de cansaço, de perturbação, saturação, sei lá.

Saturada! Completamente saturada do que eu não consigo sequer avaliar. É só velocidade dentro de mim. Repetição desordenada de fatos, imagens, palavras, músicas, histórias, hipóteses, incertezas, sorrisos, promessas, momentos, beijos, oportunidades perdidas, oportunidades nunca tidas, opções, intenções... Que se repetem. Agora. De novo. Outra vez. E não sei quais são ao certo. E giram em torno de mim, como se estivessem à parte do eu. Como se não estivessem aqui dentro.

Como se o aqui dentro fosse uma outra dimensão inteira; e como se, nessa dimensão inteira do aqui-dentro, eu fosse bem menor. Um bichinho assustado, acoado em meio a tantas cores, coisas, formatos, fórmulas e barulhos que eu não consigo controlar.

Merda!

Que raiva de estar dividindo isso com milhões de pessoas pelo vazio de não ter com quem dividir.
Raiva de eu ser a mais crítica quanto à super-exposição gerada pelas tendências de existência virtual e por eu me enquadrar cada centímetro no que eu condeno.
Raiva! E é simplesmente estar perdida demais e não ter com quem falar. Não sentir que tem a quem recorrer.

Que raiva!....

Um comentário:

Anônimo disse...

meu telefone ainda é o mesmo e eu moro aqui pertinho. ;)




vc só tem que aprender a pedir ajuda, sem ter medo.
quando vc mais precisar, pode ter certeza, vai ter alguém do seu lado... pode não ser quem vc quer ou vc imagina... mas acredite, vai ser a melhor pessoa pra te ajudar.
A questão é que vdc tem que querer isso E acreditar nisso.



saudadona! =)

eu sou maluca e corro de um canto pro outro mas é pq to em fase de concentração e revitalização... mesmo assim, ligue, a vontade, um milhão de vezes...

que comentário enoooorme!



aiai quase apago e mando só duas palavras...



mas acho q as vezes sei la, a gente pode escrever um montão...e não reler... e ser legal, mesmo assim...


beijoca no coração